terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

DESPEDIDA DE LISBOA - 29 de janeiro de 2014


Chega ao fim a viagem, mas este blog ainda não terminou. Há muitas atualizações a serem feitas, mas só poderei fazê-lo aos poucos, conforme a disponibilidade de tempo o permitir.
No meu último dia na cidade, Lisboa parecia chorar, pois diversas vezes choveu enquanto eu caminhava pela Avenida da Liberdade e pela Baixa, como a me despedir.
Tomei um delicioso sorvete - 3 bolas sabor menta, whisky e arroz doce (com canela por cima) - na Praça da Figueira, onde sentei-me olhando o Castelo de São Jorge (nesse momento sem chuva, ele lindo, iluminado pelo sol).
Tentei resolver alguns assuntos, como a participação da dona Maria Antonia Lança, de Santarém, em uma coletânea de poesia, mas o responsável só atendia com hora marcada. Depois fui procurar um fabricante de medalhas para fazer medalhas comemorativas para o Jubileu de Prata do Mosteiro das Clarissas, de Nova Iguaçu, mas o preço estava proibitivo.
Fui para o hotel, trabalhei no blog, escrevi alguns e-mails, descansei e às 18h00 fui para a missa na Igreja de São José. Depois despedi-me do Pe. José e fui com o meu amigo Manuel Madeira, sacristão dessa igreja e grande vocação para a Igreja Católica, jantar no restaurante Caravelas, do Sr. Souza, que tem sido o meu principal ponto de refeição em Lisboa.
O restaurante me foi apresentado pelo Sr. Madeira no dia em que o conheci. É um restaurante muito simples, mas que serve muito bem, com qualidade, sendo o proprietário, o Sr. Souza, quem cozinha e atende muito bem o cliente, sempre atencioso e simpático. Com apenas 7 Euros o cliente tem direito a pão, sopa, salada, prato quente (sempre tem bacalhau e carne de porco, além de outras possibilidades), bebida (refrigerante ou vinho), sobremesa e café. Ao final do jantar, tiramos fotografia para eu levar de lembrança.
Agora estou no hotel, postando as últimas fotos, em seguida vou arrumar as malas e dormir, pois amanhã às 6h00 acordo e às 7h00 chega o taxi para me levar ao aeroporto. Se não houver atraso, às 9h35 estarei decolando de volta ao Brasil.
Foi uma viagem muito boa, embora o tempo tenha passado rapidamente e eu ainda tenho muito a ver tanto em Lisboa quanto no restante de Portugal. Fiz amigos e enriqueci minha vida em todos os sentidos.
Volto às minhas atividades no Brasil com alegria, mas com esperança de voltar a Portugal mais vezes.

 uma escultura em homenagem ao fado, em frente à estação ferroviária do Rossio

 pombos no monumento na Praça do Rossio
 vista do Rio Tejo, ao lado da Praça do Comércio, com a ponte 25 de abril ao fundo
 imagens de Menino Jesus, deitado sobre almofadas decoradas, muito comum aqui em Portugal

 a Igreja de São José, na rua das Portas de Santo Antão







 o sr. Manuel Madeira, eu e o sr. Souza, dono do restaurante Caravelas

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

SERAPICOS E PORTO - 28 de janeiro de 2014


Fiquei alguns dias sem postagem, pois no domingo resolvi descansar um pouco e trabalhar nas postagens deste blog, de outros e do Facebook, além de responder a alguns e-mails. Participei da missa na Ermida de São José dos Carpinteiros às 10h00, em seguir passei no supermercado e vim para o hotel, onde passei o resto do dia.
Na segunda-feira, entrei em contato com o Diácono Ilídio Mesquita, que mora em Macedo de Cavaleiros, cidade do Norte de Portugal, na região de Trás-os-Montes, que conheci pela internet devido a uma devoção minha a Nossa Senhora do Aviso. Há anos desejando conhecer esse Santuário, finalmente houve a possibilidade. 
Embarquei em um ônibus ao meio-dia, houve baldeação no Porto, e cheguei ao meu destino por volta das 18h30. Muito frio fazia! O Norte é mais frio que o sul. O Diácono foi encontrar-se comigo em um café em que me abriguei. 
Quando eu cheguei, foi mais de uma hora antes do previsto e marcado com o Diácono, pois o ônibus que peguei saiu ao meio-dia em ponto. Eu pensava em pegar o ônibus das 14h00 e combinei com o Diácono dele buscar-me às 19h40. Chegando mais cedo, não havia ali um telefone público. A atendente da empresa de ônibus disse que permitiria usar o telefone da agência. Tentei fazer a ligação, mas o Diácono não atendeu. Fui então para um café em frente à parada de ônibus. Comi uma posta de bacalhau, tomei um café, depois uma sopa e um doce da região... e fiquei esperando a hora combinada. De repente, a dona do café passou-me o seu celular... era o Diácono. Depois ele me contou que havia visto a chamada, ligado para o número e a atendente da agência disse que um brasileiro é que havia feito a ligação e que estava no café em frente. Ele então ligou e a dona, que o conhecia, passou-me a ligação imediatamente, sem perguntar-me se eu era quem o Diácono procurava. Numa cidade tão pequena, todos se conhecem eu era o estranho. Algo impensável de acontecer no Rio, ou São Paulo ou mesmo Nova Iguaçu.
Saímos do café e o Diácono levou-me a dar uma volta pela cidade, em seguida apresentou-me ao Cônego Manuel Inácio de Melo, que nos recebeu em sua casa e foi extremamente gentil. Conversamos sobre algumas diferenças na vivência eclesial lá e na Diocese de Nova Iguaçu. Se por um lado achamos interessantes e diferentes algumas coisas como são feitas em Portugal, o inverso também acontece.
Saindo da residência do Cônego, o Diácono levou-me a jantar e depois para sua casa, onde passei a noite.
Na terça-feira de manhã fomos a Serapicos, onde existe o Santuário de Nossa Senhora do Aviso.
O Santuário fica fora da vila, num ponto elevado, e tem excelente estrutura para acolher os peregrinos, embora o grande momento seja o novenário que antecede a celebração da memória de Nossa Senhora do Aviso, no primeiro domingo do mês de junho. Havia neblina e o frio era intenso, cerca de 3 graus. 
Saindo de Serapicos, fomos a uma outra vila atendida pelo Diácono em sua pastoral,  Quintela de Lampaças, onde conheci um trabalho pastoral feito pela Igreja, em parceria com o Município, de atendimento a pessoas idosas. Lá dentro encontrei 3 idosos sentados muito próximos à lareira, aquecendo-se. Ali há diversas atividades para os idosos, além de receberem alimentação e outros cuidados. Uma cozinha prepara comida que é levada em carro próprio a dezenas de idosos da região.

indo para o Norte de Portugal de ônibus, avistando o campo com os gigantescos moinhos-de-vento
no ônibus, dia 27 de janeiro
altar no Santuário de Nossa Senhora do Aviso em Serápicos


rosto e mão em madeira de uma antiga imagem de Nossa Senhora, em roca

o anjo que compõe a imagem completa de Nossa Senhora do Aviso
o andor com a pomba representando o Espírito Santo, que faz a composição da Imagem de Nossa Senhora do Aviso

ex-voto provavelmente do início do século XX
vista do presbitério
interior da igreja


o Diácono Ilídio Mesquita, eu e o Sr. José Jorge, em frente ao Santuário


alojamento para os peregrinos, usado geralmente durante a Novena e a Festa da Padroeira
um palanque fixo para as celebrações com multidão

capelas dos Passos de Jesus, pelas quais passa a Procissão da Padroeira


imagem completa de Nossa Senhora do Aviso, na loja de lembranças do Santuário

A devoção a Nossa Senhora do Aviso diz que a Virgem avisará 3 dias antes a sua morte para que o fiel possa preparar-se e morrer santamente (http://devocaocatolica.blogspot.pt/search/label/nossa%20senhora%20do%20aviso). Indo ao Santuário e vendo a imagem e sendo orientado pelo Diácono Ilídio, descobri que a imagem é de Nossa Senhora da Anunciação: há o anjo anunciando (avisando) Maria que o Espírito Santo virá sobre ela e que ela será a Mãe do Salvador. Por isso, a imagem completa tem o anjo ajoelhado à frente de Nossa Senhora e o Espirito Santo paira sobre ela.
Como houve a mudança do aviso da encarnação do Verbo para aviso da morte do devoto não se sabe.





há vários espaços com mesas para as merendas dos fiéis peregrinos










Saindo de Serapicos, como narrei acima, fomos para Quintela de Lampaças, onde conheci uma das igrejas e o centro social.

























Como o Diácono Elídio tinha um compromisso no Porto, levou-me até lá para dali eu tomar um comboio (trem) para Lisboa. Como ainda era cedo, cerca de 13h30, resolvi dar uma volta pela cidade, na qual já estive duas vezes em outras viagens. Choveu um pouco, mas ali estava mais quente que no Norte.
Parei primeiramente na Igreja do Bonfim e segui para o Centro do Porto, onde há uma grande praça rodeada de belos edifícios. 
O Porto é a segunda maior cidade de Portugal, com cerca de 1 milhão e meio de habitantes (Lisboa tem cerca de 2 milhões). Ambas concentram 1/3 da população do país. A cidade de São Paulo tem mais habitantes do que todo Portugal. A cidade tem belezas, mas vejo-a mais deteriorada do que Lisboa. Lisboa está sempre se renovando, o que não vejo acontecer no Porto.
Do centro fui ver a torre dos Clérigos, um dos cartões portais da cidade e dali fui para a Praça dos Mártires da Pátria, que fica atrás da Igreja dos Clérigos. Desci em seguida para a Ribeira, de onde fui de taxi, pois começava a chover, para as estação ferroviária de Campanhã, onde peguei o comboio para Lisboa.
Da estação Santa Apolônia, em Lisboa, fui caminhando até  hotel, passando pela Casa dos Bicos, onde está a Fundação José Saramago, e parei um instante junto à oliveira onde foi depositada parte das cinzas do autor português laureado com o Prêmio Nobel de Literatura em 1998. Achei muito bonito o carinho de um fã ou de uma fã do escritor português, que ali colocou duas camélias rosas.
Cheguei no hotel, deixei minha pequena mala e fui jantar. E fim do meu penúltimo dia em Portugal.







imagem da Sagrada Família na Igreja do Bonfim, no Porto
imagem da Dormição de Nossa Senhora






imagem do corpo de Santa Clara adormecida em Deus, venerada nesta igreja  

































a igreja dos Clérigos



a torre dos Clérigos




















na Ribeira, junto ao Rio Douro









no comboio retornando a Lisboa

o Chafariz de El-Rey, em Lisboa

camélia depositada junto à oliveira em frente à Casa dos Bicos e onde parte das cinzas do escritor José Saramago foram depositadas